Pelo segundo mês consecutivo o preço da carne bovina impactou na soma da inflação de Campo Grande. Em novembro, o índice subiu 0,63%, influenciado principalmente pelo setor de alimentação e bebidas. No ano, a inflação soma 4,61%.
Dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram o peso do setor de alimentos no bolso na e economia municipal.
“A alta dos alimentícios foi influenciada, principalmente, pelas carnes, que subiram mais de 8% em novembro. A menor oferta de animais para abate e o maior volume de exportações reduziram a oferta do produto”, ressaltou o gerente do IPCA e INPC, André Almeida do IBGE.
Em Campo Grande, além das carnes, as altas também foram observadas nas hortaliças e verduras (7,23%), com destaque para alface (9,57%), mandioca (6,04%) e tomate (5,34%). Subiu também o óleo de soja (7,99%). Já no lado das quedas, destacam-se a banana d’agua/nanica (-15,08%) e cebola (-6,22%).
A inflação do país, medida pelo IPCA, somou 0,39% em novembro. No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,87%, acima dos 4,76% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a variação havia sido de 0,28%.
Carne 8% mais cara em Campo Grande
Levantamento mais recente do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), de setembro a outubro, a alta do produto foi de 8,62% em Campo Grande.
Com os reajustes semanais no preço, além dos consumidores finais, os comerciantes também sentem os impactos. Apesar disso, com a aproximação das festas de fim de ano e busca exponencial pelo produto, os empresários aguardam “uma melhora grande”.
Materia: Priscilla Peres
Fonte: Midiamax
Foto: Helder Carvalho/Jornal Midiamax